Diretor do Irga confirma baixos índices de área plantada

Diretor do Irga confirma
 baixos índices de área plantada
Renato Caiaffo da Rocha - diretor administrativo do Irga.

 Considerando-se as dificuldades impostas pelo clima, no Estado do Rio Grande do Sul e, de forma muito especial em Dom Pedrito, que está causando enormes dificuldades para o estabelecimento da lavoura arrozeira, contatei o diretor administrativo do Irga (Instituto Riograndense do Arroz), em nível de Estado, Renato Caiaffo da Rocha, que já dirigiu a AADP (Associação dos Agricultores de Dom Pedrito) e a Federarroz, para que se pronunciasse a respeito do atual momento. Recebi mensagem de Renato em áudio, que reproduzo a seguir.

 Diz ele: “Nos chama muito a atenção e nos deixa muito preocupados, enquanto estamos aqui, atuando a frente do Irga, a dificuldade, neste ano, para a implantação das lavouras.

 Nós tínhamos – números que saíram no dia 05/10/17 – uma área cultivada no Estado de apenas 6% e em Dom Pedrito tão somente 1,1%; enquanto que, no ano passado, no dia 6 de outubro de 2016, tínhamos 36% de área cultivada no Estado e Dom Pedrito já alcançando 60%”.

 Acrescenta: “Essa situação do clima nos preocupa muito, não está ao nosso alcance (...) pedimos a Deus que os produtores consigam entrar nas lavouras, que pare de chover e consigamos estabelecer a cultura dentro do período recomendado”.

 De acordo com Renato Caiaffo da Rocha, a situação não está boa para o setor orizícola na questão rentabilidade. “É difícil dizer o que fazer, oferecer recomendações, coisas nesse sentido, mas nós entendemos, até pela experiência que possuímos a frente da Federarroz e da Associação dos Agricultores de Dom Pedrito, que o produtor deve lutar, bem como as entidades que os representam; cobrar das suas entidades maiores e dos próprios governos medidas e ações que possam compensar ou melhorar a situação que está aí; (afinal) as entidades são mantidas pelos produtores para isso mesmo”.

 Destaca, no contexto, a importância social e econômica que tem a cultura do arroz para o município (de Dom Pedrito) e o Estado do RS, que é muito grande, mencionando a geração de empregos e a segurança alimentar que a cultura representa até em âmbito nacional.

 “Sugerimos, então, que os produtores façam o melhor possível dentro da propriedade, mas também que não deixem de demandar às entidades, para que se esforcem no sentido de melhorar essa situação de dificuldades que está aí”.

 “Aqui, no Irga, a gente se coloca à disposição, dos produtores e das entidades, naquilo que a gente puder ajudar. Quero deixar essa mensagem, que seja um ano melhor do que o passado, enfim, que todas as forças conspirem a favor do produtor e do setor para que tenhamos um ano melhor no sentido de rentabilidade para o setor. É muito importante que consigamos manter essa atividade, que é secular, e que o produtor volte a ter renda para que possa se preservar”, sentencia o  diretor administrativo do Irga.

Silvio Bermann.



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