Fui notificado pelo WhatsApp
Esta foi a afirmação de Rodrigo Madeira Souza, filho do Seu Osório, em entrevista concedida ao Folha da Cidade. Uma postagem no facebook no dia 9 de dezembro, Rodrigo desabafou a sua inconformidade, no que ele intitulou como "violação à dignidade". Rodrigo, atualmente reside em Jaraguá - SC, onde seu Osório também está, depois que teve um AVC.
Confira o que ele nos contou:
Rodrigo nos contou que em fevereiro deste ano seu pai sofreu um AVC e ficou com sequelas do lado direito do corpo. Rodrigo já estava residindo em Jaraguá, porque havia passado em um concurso público naquela região. Como é filho único, precisou levar o pai para facilitar o cuidado que ele necessita. O quiosque foi então fechado, veio o período de inverno, mas sua intenção era reabri-lo em setembro, com outra pessoa atendendo no quiosque, e com isto reforçar a renda de seu Osório, que é aposentado, mas que devido à enfermidade, as despesas aumentaram. Rodrigo contou que começou a procurar a prefeitura para conseguir a segunda via do alvará de funcionamento do quiosque, mas que esta se negou a fornecer. Rodrigo veio a Dom Pedrito, e foi pessoalmente na prefeitura onde foi informado a ele que o prazo de concessão estaria vencido, que seu Osório não teria mais direito a explorar o local e que teriam se passado mais de 30 anos, o que de acordo com Rodrigo, não procede. No final de agosto ele então foi até a secretaria de Planejamento e solicitou o termo de concessão, e durante dois dias de buscas não foi encontrado. Em 26 de outubro Rodrigo teria recebido uma mensagem via WhatsApp de Matter Souza, secretário de Planejamento Adjunto, dizendo que ele teria que retirar o quiosque da praça porque ele estaria atrapalhando a estético do lugar. Rodrigo se espantou, porque sua intenção era reabrir o quiosque. Fez, então um requerimento junto a prefeitura. Dia 6, Luciane Moura, secretária de Planejamento, enviou uma foto de uma notificação, também via WhatsApp, dando um prazo de cinco dias para a retirada do quiosque, caso contrário a prefeitura iria retirá-lo, prazo que se encerraria no dia 11.
No dia 7 de dezembro Rodrigo protocolou um requerimento junto a prefeitura, mas não obteve resposta. Rodrigo contou que, para sua surpresa, dia 8, um amigo seu, lhe avisou que um veículo da 3ª Cia E Cmb Mec estaria retirando o quiosque. Rodrigo continuou, na semana em curso, procurando tomar as medidas legais para que consiga reverter a situação.
O caso teve grande repercussão nas redes sociais, onde milhares de pessoas se solidarizaram com a situação, devido ao carinho que seu Osório conquistou ao longo de décadas de convivência.
O que disse a prefeitura
Em nota enviada à imprensa, ela declarou que o Termo de Permissão de Uso foi entregue a seu Osório há mais de 20 anos e que este não se encontra em condições de saúde para manter em funcionamento o local; que mesmo fazendo parte da vida e da infância de muita gente, o referido termo é pessoal e intransferível; que se por acaso, seu Osório retornasse, ele poderia participar do processo legal de permissões; que O quiosque foi levado até o Parque de Máquinas da Secretaria de Obras para garantir a integridade do bem, estando inteiramente a disposição da família. A Secretária esclareceu que a família tem todo apoio do município, e que o executivo esta aberto ao diálogo com os familiares interessados.
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